Disponível desde a versão 9.1.5, quando era chamado de “JD Edwards IoT Orchestrator”, foi apresentado inicialmente como uma solução para “orquestrar” integrações entre o ERP e máquinas e equipamentos, um apelo muito forte para as questões de internet das coisas.
Meses depois acabou sendo renomeado para “JD Edwards Orchestrator” somente, afinal tornou-se um recurso poderoso que vai muito além de integrar máquinas e equipamentos, sua aptidão inicial. Com o avanço da tecnologia, a Oracle foi mais longe, incorporando outras utilidades a ferramenta e ainda criou uma versão em Cloud, seguindo a tendência de reposicionamento da gigante americana.
O interessante é que ele apresenta soluções para integrarmos praticamente tudo, ou seja, um simples arquivo, banco de dados – esteja ele dentro da sua estrutura ou não, máquinas e equipamentos – mesmo que estes estejam a quilômetros de distância dos servidores –, executar aplicações dentro e fora do JD Edwards para troca de dados e informações e viabiliza a construção de serviços como o RPA (robotic process automation), cujo objetivo é automatizar tarefas repetitivas feitas pelos colaboradores e que pouco agregam à sua atividade principal.
O “JD Edwards Orchestrator” tem potencial para tonar-se um novo padrão de integração, porque muito além de integrar ele também permite a criação de serviços dentro do ERP JD Edwards, viabilizando além de integrações, a interação e o monitoramento de máquinas, equipamentos, sistemas e aplicações com custo, complexidade e tempo de desenvolvimento extremamente reduzidos.
Construir uma “Orchestração” leva metade do tempo normal do desenvolvimento de um programa e/ou rotina de integração tradicional, o custo de manutenção e monitoramento também é bem mais barato quando comparado a ferramentas e aplicativos tradicionais, cerca de 20 a 30% do valor deste. O tempo de desenvolvimento após certa curva de aprendizado (que é rápido) é de 50% menor quando comparado a outras soluções.
Os recursos utilizados na construção de “Orchestrações” também é menor quando comparado aos recursos utilizados em ferramentas e soluções tradicionais. Um bom analista de negócios que tenha conhecimento médio das estruturas e funções do ERP JD Edwards construirá facilmente uma “Orchestração”, ainda mais se este analista conhecer bem seus processos de negócios e as necessidades da área cliente.
Outro ponto positivo é que você pode usar o recurso de monitoramento e notificação da “Orchestração”. Assim, quando houver algum erro ou problema, ela mesma notificará o que e onde deu o erro ou problema. Este aviso pode ser por email, SMS ou até mesmo usando o recurso do “Sino” na tela principal do JD Edwards.
Processos mais complexos certamente exigirão o trabalho conjunto do analista de negócios com um bom desenvolvedor, afinal o uso de Java e Groovy Scripts é outro recurso disponível na ferramenta.
O material disponível para aprendizado é vasto e encontrado em vários canais e não requer treinamento específico por consultoria ou consultor.
É extremamente vantajoso usar este recurso, eu recomendo. É o tipo de recurso que maximiza o investimento no ERP JD Edwards, você faz mais com menos recursos e tempo aliado ao baixo custo de manutenção. Viabiliza e abre caminho para uma possível “Transformação Digital” dos processos e negócios da companhia.
No próximo artigo compartilharei com vocês a experiência prática de tudo que descrevi nos parágrafos anteriores, experiência esta vivida por mim e meu time. Após quase três anos usando “Orchestrações” é incrível o que já fizemos e ainda podemos fazer com esse recurso do ERP JD Edwards.
Até a próxima, não percam…
0 comentários